MACHADO DE ASSIS (1839-1908) Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, teve uma infância pobre, perdendo sua mãe aos dez anos. Sem meios para estudos regulares, tornou-se autodidata. Estimulado por Paula Brito, escreveu e publicou seu primeiro trabalho literário, Ela. Foi revisor de provas, jornalista, tradutor, poeta e considerado uma das mais puras e firmes expressões da língua portuguesa no Brasil. Seu primeiro livro publicado foi Queda que as mulheres têm pelos tolos. Daí por diante, a literatura brasileira seria por ele enriquecida das mais belas obras literárias, entre romances, estudos, poesias, contos, crítica, teatro, crônicas etc.
A obra machadiana pode ser dividida em duas fases: à primeira, ainda durante o período romântico, pertencem as obras Ressurreição, Helena, A mão e a luva e Iaiá Garcia, que já apresentavam características realistas que seriam melhor trabalhadas em sua segunda fase, à qual pertencem os romances Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borda, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires.
Machado de Assis é também muito lembrado pelos contos, reunidos em vários volumes, como Contos Fluminenses e Papéis Avulsos, sendo os principais: “O alienista”, “Missa do galo”, “A igreja do diabo”, “A cartomante”, “Noite de almirante”, “Teoria do medalhão”, “o espelho”, “Cantiga de esponsais”, “Sereníssima república”, e “Verba testamentária”.
A sociedade é o principal foco da obra machadiana. Sua linguagem, às vezes ferina, causou muita polêmica na época da publicação de suas obras, mas rendeu-lhe notoriedade como um dos principais escritores da literatura brasileira, lido e analisado ainda hoje.
RAUL POMPÉIA (1863-1895) Raul d’Ávila Pompéia cursou a Faculdade de Direito do Recife. Coma idade de vinte e cinco anos começou a publicar no jornal A Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro o seu famoso romance “O Ateneu”. Em 1891 foi nomeado professor de Mitologia da Escola de Belas Artes. Em 1894 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional. É patrono da Academia Brasileira de Letras, cadeira nº33.
A obra de Raul Pompéia, que se sintetiza no livro O Ateneu, pode ser considerada autobiográfica. O fato de ter sido levado para um colégio interno quando tinha apenas dez anos de idade marcou profundamente não apenas a sua vida, mas toda a sua obra. As experiências vivenciadas pelo autor no colégio o levaram a escrever seu primeiro livro com quinze anos, o que foi considerado um fenômeno e lhe concedeu grande notoriedade perante a crítica da época; inspirando-o a redigir O Ateneu.
Raul Pompéia é um autor além de seu tempo, produziu uma literatura que não pode ser enquadrada em apenas um período literário. Pode-se encontrar em sua obra diversas características impressionistas, naturalistas, realistas e expressionistas. Não se preocupava em retratar a realidade como ela é, mas sim em projetar na folha de papel a impressão que lhe causou tal situação no exato momento em que aconteceu, por isso, uma obra impressionista. No entanto, também há a distorção da aparência do real diante da necessidade de expressar um sentimento, uma emoção ou sensação, como na descrição dos personagens, em que o autor aproxima-se da caricatura, o que caracteriza o Expressionismo. Apesar de grande popularidade, Raul Pompéia morreu sozinho e humilhado, abandonado pelos amigos e familiares, suicidando-se no natal de 1895.
ALUÍSIO AZEVEDO (1857-1913)Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão. Um dos grandes escritores brasileiros, é considerado o iniciador do Naturalismo no Brasil. Seu primeiro livro, Uma lágrima de mulher foi publicado em 1880. No ano seguinte, lançou O mulato. Em 1884, publicou Casa de pensão. Em 1887, O homem, em 1889, O coruja e em 1890, O cortiço, considerada a sua melhor obra. Em 1895, ingressou na carreira consular, servindo em Vigo, Nápoles, Tóquio e Buenos Aires, aonde veio a falecer.
Influenciado por outros autores realistas e naturalistas, Aluísio Azevedo fez de suas obras um laboratório científico, onde as “cobaias” eram seus próprios personagens. O comportamento condicionado pelos fatos sociais e pela própria hereditariedade eram temas constantes em suas obras. O ideal de autor realista/naturalista era estar em contato com a realidade, buscar a verossimilhança, ou seja, o mais fiel retrato da realidade, retirando dela todos os elementos que pudessem demonstrar sua tese. Esta técnica pode ser encontrada em praticamente todas as obras de Aluísio Azevedo, mas principalmente em O Cortiço. Pode-se afirmar que foi a primeira vez em toda a literatura brasileira que um objeto inanimado, neste caso o próprio cortiço, adquiriu o título de personagem principal de uma obra. Nela os personagens são meros coadjuvantes, peças de um jogo de xadrez, cujo tabuleiro era o cortiço.
Parnasianismo:
OLAVO BILAC (1865-1918)Olavo Brás do Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro. Com idade de 15 anos e por decreto especial, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde permaneceu durante cinco anos. Daí, para a surpresa geral, seguiu para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde permaneceu durante dois anos. Publicou nessa época, seu primeiro livro: Poesias. Voltando novamente ao Rio, publicou O caçador de esmeraldas. Daí por diante alcançou a fama, até ser cognominado o “Príncipe dos poetas brasileiros”. Escreveu, entre outras obras Tarde, Contos pátrios e Teatro infantil.
Juntamente com Alberto Oliveira e Raimundo Correia, Olavo Bilac compunha a “tríade parnasiana”, sendo Olavo Bilac, dos três, o que mais conseguiu difundir os ideais do movimento. Sua obra contém a busca pela pureza lingüística e pela perfeição artística, como na arte grega. Alguns críticos afirmam que Olavo Bilac soube encontrar o exato equilíbrio entre a forma e o conteúdo, levando-o a compor os melhores poemas do Parnasianismo.
RAIMUNDO CORREIA (1859-1911)Raimundo da Mota Azevedo Correia, poeta e magistrado, nasceu a bordo do navio São Luís, em águas maranhenses. Formado em Direito pela Faculdade de São Paulo, estreou na literatura com uma obra romântica, Primeiros sonhos. O prestígio literário de Raimundo Correia assegurou-se quando da publicação de Sinfonias, em 1883, obra em que o poeta se apresentava com a maestria de um artista plenamente realizado. Seus poemas se tornaram antológicos e seu nome adquiriu fama internacional.
ALBERTO DE OLIVEIRA (1859-1937)Alberto de Oliveira nasceu no estado do Rio de Janeiro. Seu nome completo era Antônio Mariano Alberto de Oliveira, considerado um dos maiores nomes da primeira geração do Parnasianismo brasileiro, talvez o maior nome do movimento. Deixou obras poéticas de grande valor, dentre as quais se destacam Canções Românticas, Meridionais, Versos e rimas, Poesias etc.
Componentes: Cleissiane, Géssica, Gleysse, Jairo e Antônio Fontinele.
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